SINOPSE
Enquanto rolos de acetato são cuidadosamente higienizados, catalogados, armazenados em câmara climatizada e disponibilizados para acesso do público, numa sala comercial do centro de Belo Horizonte, mais de 3.000 latas enfileiradas guardam filmes que esperam silenciosos pela luz. As obras cuidadosamente guardadas, censuradas ou jogadas ao fogo, suscitam paixões. Seus percursos dizem muito sobre a experiência humana em coletividade, revelam situações de acobertamento de hierarquias sociais, disputas de poder e colonialismo. No documentário Lembrança, as histórias de Zacarias dos Santos, cineasta negro de origem humilde que guardava em casa seus filmes “posados”, encontram paralelo às histórias de Neville d’Almeida, ícone da contracultura, recordista de bilheteria que teve filmes censurados pela ditadura militar – um deles restaurado pelo MoMA -, e às experiências cinematográficas de Rosa Antuña, uma das pioneiras do cinema em Minas Gerais, que dirigiu obras premiadas e, ao mesmo tempo, repudiadas em sua brevíssima carreira. Além das relações das pessoas com os filmes, o documentário aponta desafios para a preservação da memória, em especial dos acervos cinematográficos, frequentemente vítimas de obsolescência tecnológica e de tragédias de dimensões variadas, provocadas ou não pela ação humana.

HISTÓRICO DO PROJETO
O projeto Lembrança foi contemplado pelo Edital nº 03/2023 – BH nas Telas – Edição Paulo Gustavo para desenvolvimento de roteiro de longa-metragem. Participou da MAX LAB 2024, programa de capacitação e mentoria promovido pelo Sebrae e Bravi.

MATERIAL DE APRESENTAÇÃO